RETROCESSO: câmara permite que ricos forme 'fila VIP' de vacinação; apenas dois deputados de RO votaram contra
Seis deputados de RO votam a favor para que ricos comprem vacinas no Brasil
Nesta última terça-feira (6), a Câmara dos deputados federais aprovou por 317 votos favoráveis e 120 contrários, o Projeto de Lei texto-base da proposta que permite às empresas a compra de vacinas contra a Covid-19.
Essa proposta é considerada por grande parte da população como uma aberração que irá validar a discrepância social, garantindo acesso à imunização mais fácil para quem tem dinheiro.
Essa proposta é considerada por grande parte da população como uma aberração que irá validar a discrepância social, garantindo acesso à imunização mais fácil para quem tem dinheiro.
Uma das vozes contrária à essa proposta é o governador da Bahia, Rui Pimenta (PT), que afirmou que esse problema não resolve de forma alguma o problema do povo e que trará o sentimento de que o dinheiro vale a Ciência.
“A compra de vacinas por empresas não resolve o problema do povo. É a ciência quem define a prioridade na vacinação, e não o dinheiro. Não é hora de aprofundar desigualdades entre ricos e pobres. Não podemos admitir a ideia do salve-se quem puder. A vacina é do SUS e para o povo!”, afirmou o governador baiano em sua conta no Twitter.
Entre os oito deputados federais da bancada do estado de Rondônia, apenas dois votaram contra o projeto, Dr. Mauro Nazif(PSB) e Expedito Netto (PSD).
Votaram a favor do projeto os deputados Coronel Chrisóstomo (PSL), Jaqueline Cassol (PP), Léo Moraes (PODEMOS), Mariana Carvalho (PSDB) e Silvia Cristina (PDT). O deputado Lúcio Mosquini (MDB) ausentou-se de mais uma votação.
Agora o projeto segue no Congresso Nacional para análise dos senadores.
Ex-presidente da Anvisa diz que é 'imoral' iniciativa privada comprar vacinas
O ex-presidente da Anvisa, Gonzalo Vecina Neto, não concorda com o projeto de lei aprovado pela Câmara dos Deputados, que permite a compra de vacinas contra a Covid-19 por empresas que queiram vacinar seus funcionários. Em entrevista à CNN, ele defende que não se terá acesso aos melhores imunizantes.
"Acho imoral através de ter dinheiro, conseguir ter vacina. Acho que o esforço que o país tinha que fazer era garantir imunizante para os grupos prioritários o mais rápido possível. E as grandes farmacêuticas multinacionais, que são as principais, não vão vender para a iniciativa privada", afirma.
É importante vacinar em massa, ressalta. "A vacinação não é um ato individual, é coletivo. Ou nós conseguimos vacinar a população brasileira ou o vírus continuará circulando. Temos que garantir para toda a população e paticularmente para os grupos mais vulneráveis. Se não, não conseguiremos paralisar a doença, como agora em abril, que enfrentaremos o pior mês da pandemia".
Fonte: Brasil364
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