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Porto Velho,19/04/2024

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Senador Confúcio lamenta o esvaziamento do projeto Asas do Saber, com arte, circo e teatro para resgatar alunos que abandonavam escolas

O fim de um projeto denominado Asas do Saber, que dava oportunidade para um aprendizado diferente do tradicional e resgatava alunos 'fujões' entristeceu o senador Confúcio Moura (MDB-RO), pai da ideia


Senador Confúcio lamenta o esvaziamento do projeto Asas do Saber, com arte, circo e teatro para resgatar alunos que abandonavam escolas
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O fim de um projeto denominado Asas do Saber, que dava oportunidade para um aprendizado diferente do tradicional e resgatava alunos “fujões” entristeceu o senador Confúcio Moura (MDB-RO), pai da ideia. Em 2017, as primeiras turmas começaram a estudar na Escola Estadual Lydia Johnson de Macedo.

Com a pandemia do coronavírus, a Seduc de Rondônia não mais se pronunciou a respeito da possível retomada.

“Era uma escola não discriminatória, sem preconceito, onde se ensinaria artes, teatro, grafite, circo e algo mais, pondo fim à cultura decoreba de 20 matérias ou mais. Fiquei sabendo com muita tristeza que tudo acabou, porque o governo não viu mais sentido naquilo”, lamentou Confúcio.

A breve entrevista do senador:

 

Como foi concebido o Projeto Asas do Saber?

Confúcio – A Escola Asas do Saber foi concebida por mim mesmo num estalo de pensamento na madrugada. Eu pensei: como ficam esses alunos que são discriminados, pobres, que abandonaram a escola no ensino médio e não queriam mais voltar a estudar de jeito nenhum.  Eu pensei o que poderia fazer para atrair uma escola que atraísse esses meninos, e foi então que ela surgiu.

Onde funcionou essa escola?

Funcionava dentro da Escola Estadual Lydia Johnson Macedo, no bairro Costa e Silva, perto do Incra, em Porto Velho. Foi a partir de 2017. O Brasil precisa de modelos inspiradores, e nós começamos com a ideia de fazer uma escola aberta que tivesse circo, teatro, e uma série de atividades desportivas com foco na atratividade. Havia programação para parede de escalada, skate, slackline e rapel. E ao mesmo tempo oferecendo lanche, almoço e janta aos meninos, em tempo integral.

Deu certo?

Olhe, houve muita motivação entre a direção e professores criativos. Até que teve um bom início. Soube que um ou outro aluno flagrado em ato de indisciplina ia conversar com a diretora e tão boa era a conversa que ele se comprometia a ajudar os demais a não praticar nada condenável lá dentro. Em 16 de agosto de 2017 todos lá se animavam com a abertura das aulas para as quais inicialmente foram matriculados 127 alunos em quatro turmas do 1º ano e uma do 2°. Matemática, Língua Portuguesa, Inglês, faziam parte do currículo. Seria uma escola em construção, uma escola nova.

Tinha objetivo de ser escola modelo?

Depois de algumas avaliações, dando certo, essa escola poderia ser propagada e copiada dentro do próprio estado e noutros estados. No ensino médio, todos sabem, grande parte dos alunos entre 13 e 17 anos o abandonam. Eles não viam razão para estudar demasiadamente, e depois esquecerem tudo. Era uma escola não discriminatória, sem preconceito, onde se ensinaria artes, teatro, grafite, circo e algo mais, pondo fim à cultura decoreba de 20 matérias ou mais.

Uma escola sem preconceitos...

Isso mesmo. Nós sabemos que escolas abertas diferenciadas, surgidas de um protagonismo diferente, podem ficar o aluno e fazê-lo amar aquele espaço. Também poderia agregar alunos vítimas de preconceitos por homossexualidade, gays, lésbicas e outros que também viessem para essa escola, todos misturados, sem discriminação, todo mundo convivendo e ouvindo uns aos outros. As aulas seriam sempre em rodas, com bate-papos, com alunos à mesa debatendo com os professores.


A pandemia também prejudicou o projeto?

Certo. Ela atrapalhou tudo, temos um ano e meio sem aulas! Eu estou aqui agora, olhando pro céu, pensando que essa escola seja melhorada, aperfeiçoada, em regime integral, pelo estado, com professores incentivados, cônscios das transformações e das mudanças, até mesmo as que a pandemia força os governos a fazer.

O senhor tem esperança em que a Seduc reconsidere o projeto e o traga de volta?

Sim, é preciso retomar o rito original que bolamos naquela ocasião e começávamos a fazer funcionar, e assim desejo que aconteça.

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