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Porto Velho,29/03/2024

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Deputados americanos pedem a Biden recuo na relação Brasil-EUA 'até novo líder ser eleito'

Mais de 60 deputados americanos assinam uma carta em que pedem ao presidente Joe Biden um recuo nas relações entre Estados Unidos e Brasil

Fonte: (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)
Deputados americanos pedem a Biden recuo na relação Brasil-EUA 'até novo líder ser eleito' O atual presidente americano, o democrata Joe Biden.

Mais de 60 deputados americanos assinam uma carta em que pedem ao presidente Joe Biden um recuo nas relações entre Estados Unidos e Brasil até que "um novo líder, mais alinhado a valores democráticos e direitos humanos, seja eleito".


Na mensagem, com data desta quinta-feira (14), o parlamentar democrata Hank Johnson (Geórgia) e outros 63 legisladores apontam para as tentativas do presidente brasileiro Jair Bolsonaro de deslegitimar as eleições presidenciais de 2022 e para o apoio dele à contestação da vitória de Biden no pleito americano de 2020.

"Bolsonaro apoiou as declarações falsas de [Donald] Trump sobre fraude na eleição e foi um dos últimos líderes globais a reconhecer sua vitória eleitoral, o que põe em dúvida a disposição dele de aceitar os resultados da eleição brasileira em 2022", escrevem os legisladores.

"O filho de Bolsonaro, um proeminente legislador, esteve presencialmente em atividade ligadas ao 'Stop the Steal' em 6 de janeiro, em Washington." O texto se refere ao fato de o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) ter participado de um encontro, no dia 5 de janeiro, com o empresário Mike Lindell, um dos grandes patrocinadores da campanha de contestação do resultado eleitoral que culminaria na invasão do Capitólio.

O ato, um dia depois da reunião que teve a presença do brasileiro, terminou com cinco mortos.

Na missiva, os legisladores reforçam ainda pedidos para que Biden anule a designação de aliado preferencial extra-Otan, concedida ao Brasil durante o governo Trump; retire a oferta de apoio para o país se tornar um sócio global da Otan (aliança militar ocidental); e reveja outros programas de cooperação entre as duas nações.

"Bolsonaro usou essa designação [aliado preferencial extra-Otan] para seu benefício político, citando-a como um grande feito e um selo de aprovação dado pelo governo dos EUA", diz a carta. "Oferecer ao Brasil apoio para se tornar sócio global da Otan sinalizaria que os EUA não veem as violações a direitos humanos, os ataques à democracia e ao meio ambiente que estão acontecendo no Brasil."

O apoio para que o país se torne sócio global da Otan foi oferecido durante a visita do assessor de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, em agosto, e gerou críticas no Congresso americano. Tanto a designação de aliado preferencial extra-Otan como a de sócio global dão ao país maior acesso para compra de equipamentos e treinamentos militares.

No fim de setembro, o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado americano, o democrata Bob Menendez, e outros três parlamentares enviaram uma carta instando o governo Biden a deixar claro para Bolsonaro que qualquer ruptura democrática no Brasil "terá sérias consequências".

Na missiva então enviada ao secretário de Estado, Antony Blinken, os senadores advertiam que o presidente brasileiro vem fazendo ameaças de rompimento da ordem constitucional no país, usando uma linguagem "irresponsável" e gestos de intimidação contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Parlamentares do Partido Democrata já haviam apresentado uma emenda ao orçamento de Defesa para proibir o governo americano de usar recursos públicos para beneficiar o Brasil em decorrência do status do país de aliado prioritário extra-Otan. A emenda não foi aprovada.

Na carta desta quinta ao presidente americano, os 63 deputados relembram atos de Biden como vice-presidente de Barack Obama, citando que foi ele que selou a reconciliação com o Brasil após o escândalo de espionagem da NSA ao levar documentos sobre a ditadura à então presidente Dilma Rousseff.

Eles apontam ainda que Bolsonaro, quando era deputado federal, homenageou o general Brilhante Ustra, apontado pela Comissão da Verdade como um dos maiores torturadores do regime militar brasileiro.

A carta cita que o mandato do presidente brasileiro tem sido marcado por "políticas antidemocráticas" e "insultos odiosos contra afro-brasileiros, indígenas, a comunidade LGBTQIA+ e sindicatos, e elogios à ditadura militar brutal que mandou no Brasil de 1964 a 1985".

Em seu governo, diz o texto, Bolsonaro implementou políticas que "ameaçam minorias, criaram desemprego historicamente alto, prejudicaram o meio ambiente, põem em perigo a democracia relativamente jovem do Brasil e levaram a centenas de milhares de mortes desnecessárias por Covid-19".

Os deputados também criticam o ex-embaixador dos EUA no Brasil, Todd Chapman, dizendo que ele mantinha "uma amizade problemática com Bolsonaro".

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