Seja bem-vindo
Porto Velho,29/03/2024

  • A +
  • A -
Publicidade

Policiais federais marcam manifestação para pressionar Bolsonaro a cumprir promessas de reajustes e reestruturação de carreiras

Policiais federais sobem o tom e marcam protesto para o dia 28 por reajuste.


Policiais federais marcam manifestação para pressionar Bolsonaro a cumprir promessas de reajustes e reestruturação de carreiras

Insatisfeitos com o governo, que ainda não entregou a reestruturação das carreiras prometida pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), policiais federais subiram o tom contra o Executivo e decidiram marcar manifestações para o próximo dia 28 em todo o País.

Em assembleia organizada pela Federação Nacional dos Policiais Federais (FenaPef), a categoria decidiu realizar protestos em frente às superintendências da corporação nos 26 Estados e no Distrito Federal. A expectativa é do comparecimento de até 10 mil servidores no total.

"Ficaremos em mobilização permanente em face dessa frustração com o governo. O importante é o presidente se sensibilizar com a nossa demanda. Estamos em contato com outras categorias para uma ação conjunta mais para frente", disse ao Estadão/Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) o presidente da FenaPef, Marcus Firme.

A Polícia Rodoviária Federal também se reuniu nesta manhã com o Conselho de Representantes da classe. "Serão realizadas assembleias regionais até o dia 26 de abril para decidir o que fazer", declarou à reportagem o presidente da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF), Dovercino Neto, que vê a insatisfação com o governo crescer na corporação.

Policiais federais receberam a promessa de Bolsonaro de uma reestruturação das carreiras, com aumento de salário acima da inflação. O governo, no entanto, resiste à ideia para não causar revolta no restante do funcionalismo e optou, em reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, por um aumento geral de 5% a todos os servidores civis e militares - o que não recompõe as perdas inflacionárias.

A proposta, ainda não formalizada, azedou o clima do governo com a segurança pública, e levou o ministro da Justiça, Anderson Torres, a receber representantes dos sindicatos na última segunda-feira. Na reunião, o ministro disse que o aumento de 5% ainda não é um martelo batido e, assim, a reestruturação prometida por Bolsonaro poderia sair do papel neste ano.

A cúpula do sindicato dos policiais federais procurou nesta semana o novo ministro da Cidadania, Ronaldo Vieira Bento, e pediu que ele interceda junto a Bolsonaro para cumprir a promessa feita à categoria. Vieira Bento é agente federal de carreira e sua nomeação na Esplanada foi comemorada na Polícia Federal como uma possível ponte com o governo no momento em que a reestruturação está travada. Antes secretário de Assuntos Estratégicos da Cidadania, tomou posse no comando da pasta com a desincompatibilização de João Roma (PL) para disputar o governo da Bahia.

O presidente tem interesse em manter boas relações com os policiais, considerada uma base eleitoral do governo, para enfrentar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas urnas.

Nos bastidores, no entanto, agentes da segurança pública mostram cansaço com a promessa não cumprida e dizem que Bolsonaro "empurra o problema com a barriga". Para cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o governo precisa que qualquer aumento de gastos com pessoal seja formalizado na folha de pagamento de julho, até 180 dias antes do final de um mandato presidencial.

Por Eduardo Gayer

UOL





COMENTÁRIOS

Buscar

Alterar Local

Anuncie Aqui

Escolha abaixo onde deseja anunciar.

Efetue o Login

Recuperar Senha

Baixe o Nosso Aplicativo!

Tenha todas as novidades na palma da sua mão.