Influenciador Ruyter tenta se explicar após polêmica com Rondônia, mas nova fala reacende revolta: “Se Rondônia explodir, continua a mesma coisa”

A controvérsia envolvendo o influenciador bilionário Ruyter ganhou mais um capítulo nesta semana. Após a repercussão negativa de um vídeo em que afirmava que “em Rondônia só tem índio” — ao lado da influenciadora rondoniense Michelle Andrezza —, Ruyter apareceu em novo vídeo tentando se justificar. Porém, em vez de acalmar os ânimos, suas declarações reacenderam a indignação, especialmente entre os rondonienses.
No vídeo publicado em suas redes sociais, Ruyter começa dizendo que “ama o povo de Rondônia”, mas logo em seguida, muda o tom:
“Mas se eu tiver cancelado lá, eu quero que todos vocês se f#dam. Por mim, se Rondônia explodir, continua a mesma coisa. Se eu tô cancelado lá, se eu não tô, eu amo vocês.”
A fala foi considerada contraditória, agressiva e desrespeitosa por milhares de internautas. Para muitos, a tentativa de “explicação” pareceu mais uma provocação do que um pedido de desculpas verdadeiro.
Repercussão imediata
O vídeo viralizou em poucos minutos, gerando uma nova onda de críticas ao influenciador. Políticos locais, artistas, jornalistas e influenciadores da Região Norte se manifestaram em repúdio à fala. A hashtag #RespeitaRondônia voltou a circular nas redes com força.
Nos comentários, o sentimento geral é de indignação:
“Não bastasse o preconceito no primeiro vídeo, agora ele insinua que Rondônia não faz diferença nenhuma. É uma completa falta de respeito com um povo trabalhador, diverso e que merece reconhecimento nacional”, escreveu uma internauta.
Outros usuários também cobraram um posicionamento mais firme de Michelle Andrezza, que ainda não se manifestou oficialmente após o novo episódio. A influenciadora havia publicado recentemente um vídeo com tom provocativo, que também dividiu opiniões.
Debate continua
A situação levantou novamente discussões sobre o preconceito contra os estados da Amazônia Legal e a responsabilidade dos influenciadores digitais ao tratarem temas sensíveis como identidade regional, diversidade étnica e respeito à cultura local.
Especialistas em comunicação alertam para o impacto negativo que declarações como essa têm na imagem pública e na relação entre as diferentes regiões do país:
“Essa fala não é apenas infeliz, é sintomática. Revela uma visão elitista e centralizadora que desconsidera a importância social, cultural e ambiental da Amazônia e de seus povos”, comentou um sociólogo.
Enquanto isso, Ruyter continua sendo duramente criticado, e o cancelamento em Rondônia parece ter se consolidado — desta vez, não apenas por um comentário mal colocado, mas por uma sequência de falas que ofendem, desvalorizam e estigmatizam uma das regiões mais ricas e diversas do Brasil.
COMENTÁRIOS