Seu advogado, Jaime Lau, disse que provas indicando outro suspeito foram entregues à justiça, mas foram ignoradas.
Agora, um grupo de três juízes do Tribunal de Apelações determinou que Ronnie teve seus direitos violados, uma vez que existiam provas que apontavam sua inocência.
Segundo a juíza Stephanie Thacker, as provas que foram descartadas incluíam análises de laboratório que não vinculavam Long à cena do crime.
Além disso, os exames de DNA desapareceram do processo, junto com um registro contendo 43 marcas de digitais, encontradas no local, que não correspondiam às de Ronnie Long.
Por estas e outras negligências, a condenação foi anulada e Ronnie, finalmente, está livre.
Ao deixar a cadeia, ele desabafou: “Foi uma estrada muito longa, mas acabou. Agora acabou”.
Ele tem 64 anos e um neto que ainda não teve a oportunidade de conhecer.
Uma pesquisa da Universidade Cornell, dos Estados Unidos, revela que 45% dos estadunidenses possuem algum parente próximo (pai, mãe, irmão ou cônjuge) que já passou algum tempo na prisão.
Entre afro-americanos, 63% possuem algum parente na cadeia; a taxa cai para 48% entre os hispânicos e para 42% entre os brancos.
Os Estados Unidos é o país com a maior população carcerária do mundo, com mais de 2 milhões de pessoas presas.
Confira, abaixo, a primeira entrevista de Ronnie Long como um homem livre.
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