Rondônia é o único estado com todos os leitos ocupados no país; capital tem a 4° maior taxa de mortes
Com hospitais públicos e privados sem vagas para internação de pacientes graves, Rondônia enfrenta um colapso no sistema de saúde em meio à alta procura de pacientes infectados na segunda onda de covid-19
"Se pegar, e precisar de leito. Você vai morrer. Rico. Pobre. Não importa. Não temos leito pra sua mãe, pro seu pai, para sua irmão, pra você..."; essa fala do secretário Fernando Máximo nos mostra ainda mais o caos que estamos vivendo.
Assista pra relembrar. Se já assistiu e não quer relembrar, siga mais abaixo e continue lendo.
Com hospitais públicos e privados sem vagas para internação de pacientes graves, Rondônia enfrenta um colapso no sistema de saúde em meio à alta procura de pacientes infectados na segunda onda de covid-19 no estado. Uma das principais alternativas para desafogar a rede —a transferência de doentes para outros estados— está suspensa por conta do aumento nas taxas de ocupações pelo país.
Mesmo com esses dados preocupantes e o apelo do secretário, na madrugada desta quinta-feira (26), os portovelhenes se aglomeraram para comemorar a vitória do Flamengo.
Como anunciado, Porto Velho é a única capital do país a não ter mais leito de UTI disponível e a capital Porto Velho é a 4° em taxas de morte por 100 habitantes, além da falta de profissionais para atender a demanda já existente. É, meus amigos, o negócio não está fácil. Conscientize-se!
Colapso no sistema de saúde
BBC - Os casos e covid-19 passaram a crescer consideravelmente em Rondônia desde o fim do ano passado, segundo especialistas. Logo no início do ano, a situação no Estado passou a ser considerada preocupante por profissionais de saúde da região.
Até quarta-feira (27/01), Rondônia, que tem cerca de 1,7 milhão de habitantes, registrou 121 mil infecções pelo novo coronavírus e 2.167 mortes, segundo o Ministério da Saúde.
Há relatos sobre dificuldades para conseguir vagas em hospitais do Estado há, ao menos, duas semanas. Diante do preocupante aumento de casos, o governo de Rondônia decidiu reabrir leitos do hospital de campanha para receber pacientes infectados pelo novo coronavírus.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, a unidade de campanha possui 24 leitos de UTI e três para a estabilização de pacientes, além de 71 leitos clínicos.
Em todo o Estado, há leitos que não estão em funcionamento por falta de profissionais de saúde, segundo a Secretaria de Saúde de Rondônia. Em nota à BBC News Brasil, a pasta relata que há, por exemplo, uma unidade com 30 leitos de UTI, "dos quais 25 estão ocupados e os outros estão montados e equipados", mas inativos por "dificuldades para contratar médicos".
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