EUIDEAL -  O processo de cassação do vice-governador de Rondônia, Sérgio Gonçalves, avança silenciosamente nos bastidores da política estadual e já é considerado quase certo por fontes ligadas à Assembleia Legislativa. A saída do vice tem sido apontada como peça-chave para viabilizar os planos eleitorais do governador Marcos Rocha, que trabalha nos bastidores para se lançar ao Senado em 2026.

A presença de Sérgio no cargo é vista como um obstáculo direto à movimentação de Rocha, tanto do ponto de vista político quanto jurídico. O afastamento do vice abriria espaço para articulações mais amplas, sem o risco de conflitos internos ou questionamentos sobre a sucessão no Executivo durante o período eleitoral.

Nesta semana, o chefe da Casa Civil, Elias Rezende, esteve reunido com o presidente da Assembleia Legislativa, Alex Redano, em um gesto claro de reafirmação de alianças e estabilidade entre os Poderes. Segundo uma fonte, a reunião teve o objetivo de dissipar rumores sobre um suposto processo de impeachment contra o governador, que circularam nos bastidores legislativos.

Segundo apuração do site Eu Ideal, esses rumores surgiram a partir de movimentações internas, possivelmente fomentadas por parlamentares descontentes com o governo ou ligados à ala que ainda responde a antigas lideranças. Apesar disso, não há qualquer indício real de avanço de uma eventual cassação contra Marcos Rocha.

O foco, nos bastidores da ALE, está voltado exclusivamente para o vice-governador, que perdeu apoio de parte expressiva da base aliada e é alvo de insatisfações desde a saída de seu irmão, Júnior Gonçalves, do núcleo do governo. Ainda pesa sobre a situação atual a influência do ex-presidente da Casa, Marcelo Cruz, que mantém diálogo com os dois lados e articula nos bastidores.

O presidente da ALE, Alex Redano, desempenhado papel cuidadoso na condução política do momento, tentando não desagradar um lado. O bom relacionamento com o governador tem sido mantido e intensificado, o que fortalece ainda mais a hipótese de um realinhamento no Executivo estadual, com Sérgio Gonçalves fora do cargo.

Com a possibilidade de Redano assumir o Executivo, e Rocha mirando o Senado, os próximos meses serão decisivos. A movimentação nos bastidores revela não apenas a fragilidade da vice-governadoria, mas também o tabuleiro estratégico que se forma para 2026, onde cada peça será posicionada com cálculo político e alianças pontuais.