Presidente da ALE e chefe da Casa Civil negam articulação de impeachment contra governador e vice

EUIDEAL – Em meio aos rumores crescentes nos bastidores da política rondoniense, o presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia, Alex Redano, e o chefe da Casa Civil do Governo do Estado, Elias Rezende, vieram a público nesta quinta-feira (10), após matéria divulgada pelo site EU IDEAL, negar qualquer articulação para um eventual impeachment do governador Marcos Rocha ou do vice-governador Sérgio Gonçalves.
A fala de Redano foi registrada em um vídeo divulgado em suas redes sociais, no qual ele reforça que “não há qualquer movimento nesse sentido dentro da Assembleia”. Elias Rezende, por sua vez, garantiu a interlocutores próximos e também em vídeo gravado, que o Governo mantém alinhamento com a base legislativa, e que qualquer especulação sobre cassação ou afastamento do chefe do Executivo Estadual “não tem fundamento”.
Apesar das negativas oficiais, fontes do meio político apontam que o clima entre Marcos Rocha e Sérgio Gonçalves é de profundo desgaste. A relação entre os dois, antes marcada pela parceria institucional, hoje sofre rupturas evidentes. O racha é tão profundo que, nos bastidores, já se avalia como “inviável” uma renúncia do governador para disputar as eleições de 2026 com o atual vice ainda no cargo.
A lógica é simples: para o bonde de Rocha andar, o vice precisa estar fora de jogo.
Segundo apurou o site Eu Ideal, o nome de Redano tem sido mencionado com força nos bastidores como uma figura de confiança do governo. Caso o vice venha a ser afastado por meio de um processo de impeachment — cujos indícios políticos já existem — e o governador opte por se licenciar no próximo ano, Alex Redano, como presidente da Assembleia, poderia assumir o comando do Estado, ainda que interinamente.
A hipótese, por mais negada publicamente, mexe com as peças do tabuleiro político de Rondônia, principalmente diante da possível candidatura de Marcos Rocha ao Senado Federal. Com o vice enfraquecido e fora da equação, abre-se caminho para composições mais favoráveis ao governador, inclusive com promessas futuras de apoio e retribuições políticas.
Enquanto isso, a base aliada segue observando os passos de cada ator com cautela, em um cenário cada vez mais instável.
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