Funcionários públicos federais fazem paralisação para cobrar reajuste
Fonacate também deve acertar os próximos passos do movimento, que pode culminar em uma greve.
27/01/2022 - 13:34 hs
Funcionários públicos federais prometem fazer uma paralisação nesta 5ª feira (27.jan.2022) para cobrar reajuste salarial do governo de Jair Bolsonaro (PL). Além disso, haverá uma assembleia virtual, com a definição dos próximos passos do movimento, que pode culminar em uma greve.
Este é o 2º dia de mobilização por reajuste salarial dos funcionários públicos federais. No último dia 18, o Fonacate (Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado) e o Fonasefe (Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais) promoveram protestos na frente do Banco Central e do Ministério da Economia.
Desta vez, a paralisação não será acompanhada por protestos presenciais. O ato será virtual, das 10h às 16h30. Além de sindicalistas, o ex-presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Cezar Britto, e o consultor legislativo de orçamento, Luiz Alberto dos Santos, participarão da plenária.
O objetivo é esclarecer dúvidas sobre os aspectos orçamentários e jurídicos do reajuste salarial dos funcionários públicos. Os trabalhadores do governo pedem um reajuste de 19,99% –o equivalente ao aumento da inflação nos 3 primeiros anos do governo Bolsonaro.
O Ministério da Economia calcula que cada 1 ponto percentual de reajuste salarial custa R$ 3 bilhões por ano. No entanto, o governo reservou apenas R$ 1,7 bilhão do Orçamento de 2022 para dar aumento aos policiais federais.
GREVE
Para cobrar que o reajuste não se limite aos policiais federais, funcionários públicos ameaçam fazer uma greve. Segundo o Fonacate, a agenda de mobilização das próximas semanas será colocada em votação no ato virtual desta 5ª feira (27.jan). A proposta é fazer mais protestos em fevereiro e dar início à greve em março:
2 DE FEVEREIRO: paralisação e protesto na Praça dos Três Poderes;
9 DE FEVEREIRO: paralisação e protesto no Banco Central;
9 DE MARÇO: indicativo de greve.
Por Marina Barbosa
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